A Capacidade de ler o cenário a partir da própria perspectiva com visão crítica para atualizar e executar a estratégia é fundamental para garantir competitividade e perenidade de uma organização.
Não basta ter um plano bem informado.
É necessário ter equipe capaz de ler cenário e propor mudanças no plano em tempo de ser agente da mudança e não vítima.
Cultura de evolução
Também chamada de Cultura Necessária, a Cultura de Evolução é diferente da Cultura Desejada porque ela parte do contexto de atuação da empresa e não apenas do desejo da hierarquia. Por isso ela é mais pragmática, menos idealista e privilegia o fluxo ágil de informação para garantir a adaptabilidade do negócio no tempo do mercado.
Pessoas, conflito e inovação
Cultura de agilidade e inovação depende vitalmente da relação das pessoas com conflito, em particular, com o conflito entre a conformidade e a inovação.
Se a liderança vê conflito como algo ruim a ser evitado e reprimido, em geral predomina uma cultura de conformidade e obediência, com tendência a repetir o passado, ótima atitude em cenários previsíveis. Se há visão do conflito como força motriz da inovação, é possível ter uma Cultura de Evolução com valorização das pessoas como ativo estratégico, o que demanda dos gestores habilidades muito diferentes da cultura de conformidade e obediência, onde as pessoas são recursos. Dizemos que “é possível” porque nem sempre a evolução vence a inercia e o conforto da obediência. É nesse sentido que o Desenvolvimento da Liderança faz a diferença para o sucesso da gestão em cenário imprevisível.
Tensão produtiva
Um bom indicador da saúde da Cultura de Evolução é a tensão produtiva, utilizada por muitas empresas complexas e globais para gerenciar modelos de gestão integrados e descentralizados. Nestas culturas o conflito é natural e bom para garantir uma cultura viva que promove o debate, desperta novas ideias e combate a complacência e a estagnação, uma cultura de evolução enfim.
Bunge e Toyota, clientes Thymus, são duas boas experiencias de utilização da ideia de “tensão produtiva” em suas operações.
As empresas e as pessoas foram preparadas para o sucesso em cenários estáveis e previsíveis, com predomínio de uma cultura de dominação e objetividade que considera conflito algo ruim que deve ser evitado. Sem conflitos, o contraditório e a aptidão de negociação não foram exercitados e, sem exercício, foram atrofiados.
A partir desse pressuposto a metodologia DIG THYMUS ressignifica conflito, valoriza a identidade e a subjetividade e estimula a visão crítica e a imaginação. Para formar o grupo, se propõe uma cultura a partir de um proposito compartilhado que justifique a existência do grupo, ajuda a criar um repertório.
O grupo
Uma cultura forte delimita um grupo coeso, com um repertório comum sobre o cenário com habilidades de leitura de cenário, visão crítica, negociações e ajustes de planos. Alguns princípios devem nortear a criação de um ambiente favorável para troca de ideias e produzir conteúdo:
• Inteligência coletiva – o grupo é infinitamente mais inteligente do que a pessoa mais inteligente do grupo;
• Multiperspectiva – a subjetividade de cada um enriquece a leitura do cenário e aproxima a realidade do grupo;
• Work in progress – tudo pode e deve ser atualizado na medida em que surja fato novo, ideia ou opinião relevante.
Conheça o processo da Execução estratégica Thymus
São 5 objetivos em um só processo porque agilidade demanda – além de design organizacional e tecnologia – pessoas alinhadas à estratégia, autônomas e atentas às mudanças de cenário para atualizar a presença da empresa no mercado.
Definir a Estratégia;
Desenvolver as pessoas e formar equipe;
Definir os Fundamentos da Cultura (Essência);
Definir Estratégia de Implementação;
Capacitar equipe para a implementação.
A Execução Estratégica propõe um horizonte distante o suficiente para não permitir uma projeção do cenário passado ou atual: 10, 20, 30 anos. Ao impossibilitar a projeção – forecast – as pessoas são levadas a usar a imaginação e formular o foresight.
DIG Thymus
O processo de Execução Estratégica utiliza a metodologia DIG Thymus que parte de duas premissas – “conflito é vida” e “sem identidade não tem conflito” – e trabalha 3 dimensões: indivíduo, cultura e gestão.
Indivíduo: Valoriza a subjetividade e estimula a visão crítica e a imaginação;
Cultura: Para formar o grupo, o DIG THYMUS propõe uma cultura a partir de um propósito compartilhado que justifique a existência do grupo, ajude a criar um repertório comum que facilita a troca de ideias e o exercício da multiperspectiva;
Gestão: Para conduzir a dinâmica do negócio, é importante que a sua gestão se apoie no reconhecimento da interdependência, base do pensamento sistêmico; que habilite a competência de negociação e, finalmente, com o WIP- work in progress, que formalize o compromisso de atualizar o plano sempre que o cenário demandar e não apenas nas datas combinadas.
Essas 3 dimensões contribuem para que a empresa tenha um bom fluxo de informação, de fora para dentro, de baixo para cima, de cima para baixo e de uma área para outra.
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