Cultura de Evolução
- thymus4
- 2 de out.
- 3 min de leitura

por Ricardo Guimarães
Quando pensamos em cultura dentro das organizações, muitas vezes a associamos a manuais de conduta. Em um mundo dinâmico e imprevisível, tratar cultura como normas de convivência ou valores emoldurados na parede não protege — condena.
Há uma diferença crucial entre cultura desejada e cultura necessária.
A primeira nasce da hierarquia, muitas vezes idealizada, e tenta preservar práticas que já funcionaram no passado.
A segunda emerge do contexto e das suas necessidades — e é esse contexto cada vez mais dinâmico que exige das empresas uma postura viva e adaptativa.
O risco não está em mudar; está em não evoluir
Durante muito tempo, a gestão da cultura foi guiada pela lógica da mudança: “descongela” o que já existe, muda, e depois “congela” de novo. Isso fazia sentido em um mundo estável. Hoje, porém, o risco não está em mudar — está em não evoluir.
A lógica da evolução é diferente: não vê a transformação como um episódio isolado, mas como um processo contínuo de adaptação. Mais do que gerir mudanças pontuais, trata-se de cultivar uma cultura viva, que aprende com o contexto e se atualiza constantemente.

Identidade é condição para evolução
Mas a ideia de evolução vai além de uma estratégia de gestão. Empresas, assim como pessoas, só evoluem com práticas baseadas em sua identidade.
A identidade é um estado permanente de conflito e negociação entre o nosso potencial de ser e as circunstâncias que se apresentam ao longo do tempo.
É nos relacionamentos que nos reconhecemos — e também nos transformamos. Quando ampliamos o olhar e entendemos o contexto como parte do que nos define, fortalecemos nossa identidade.
Essa clareza sobre quem somos permite uma leitura crítica do negócio e do mercado, pela ótica da nossa essência – daquilo que nos torna únicos. Assim, geramos valor real, criando soluções originais para enfrentar os desafios do presente e construir o futuro desejado.

Essa é a base do nosso trabalho e a inspiração para o nome Thymus: a glândula timo, responsável por instalar a identidade no sistema imunológico. É nela que as células T amadurecem e aprendem a distinguir o que pertence ao corpo e o que é externo.
Quando a identidade está forte e clara, o corpo negocia melhor com o ambiente e cria novas competências para sobreviver. Quando fraca, sucumbe. O mesmo vale para as organizações: a força da identidade cultural garante adaptabilidade e saúde em cenários de mudança.
Cultura de evolução
A identidade é a base da cultura. Ela nasce dentro da empresa, mas ganha valor fora da empresa, à medida que seu ecossistema a reconhece, valida e adota como sua.
Uma cultura que mantém viva a identidade muda o jogo — e se torna vantagem competitiva determinante.
📊 De 1975 a 2020, a lógica do valor mudou:
1975: apenas 17% do valor de mercado estava ligado a ativos intangíveis.
2020: esse número saltou para 90%.
Em outras palavras: o futuro das organizações depende menos de prédios, máquinas e estoques — e cada vez mais da expectativa de sucesso futuro, guiada pela cultura de evolução, capaz de orientar atitudes, relações e decisões do negócio.
Estágios da evolução do valor dos intangíveis
Esse processo acontece no tempo e exige amadurecimento da organização e da liderança, a partir de novas competências para lidar com cenários complexos. Assim é com as pessoas, com as empresas, com a sociedade.

A metáfora do helicóptero ajuda a entender: subir para ganhar perspectiva, enxergar tempo e espaço de forma ampliada e então voltar para o chão em melhores condições de decidir.
Essa visão se materializa na metodologia Upframing®, criada por Richard Norman e adaptada pela Thymus no Brasil.
Três estágios ajudam a identificar onde a organização se encontra — e cada um revela uma composição diferente de ativos tangíveis e intangíveis no valor de mercado da empresa.
Estágio I – predomina o físico, a sobrevivência e o tangível (90% tangíveis / 10% intangíveis).
Estágio II – relações, regras e obediência ganham importância (50% tangíveis / 50% intangíveis).
Estágio III – a complexidade exige discernimento e autonomia de pensamento (90% intangíveis / 10% tangíveis).
No estágio III a organização cresceu, portanto aumentou o valor de seus ativos tangíveis, e teve um aumento exponencial de valor de seus ativos intangíveis.
Descubra em que estágio sua empresa está e como dar o próximo passo.
👉 Entre em contato para agendar um pré-diagnóstico com o nosso time.
📞 Se preferir, encaminhe uma mensagem para (11) 11 96595-5457 ou fale direto com os sócios da Thymus: Ricardo Guimarães 11 97545-9104 e Guilherme Zorze 11 99492-1168.





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